domingo, 12 de julho de 2009

Diálogo comigo mesmo

Cama, mesa e sofá
Sabonete, água, chuveiro.

O que posso mais ouvir de você?
Será que posso falar mais um pouco?
Fale, fale, fale.

Pasta, sacola, caneta, borracha
Transformador...
Régua, baralho, xadrez, dominó
Flores de papel... Não! De verdade?
Será que existe verdade no seu coração?
Neste momento sei que ele está batendo.
(Neste momento procure saber quem é você)

Hum, não ouviu direito, não foi?
Espere, espere, espere um pouco...
Vou repetir, só que você não vai entender nada.

O que posso mais ouvir de você?
Será que posso falar mais um pouco?
Fale, fale, fale.

Linha, chapéu, eletrodo, seringa
Seringa?
Alívio da dor ou caminho sem volta?
Tartaruga, telefone, molho de tomate
Psiquiatra, físico, engenheiro ambiental
Cor-de-rosa, tomada que dá choque
Fio de cabelo na camisa quadriculada feita exclusivamente para as festas juninas dos anos de 2023 e 1951
Qual é a que você vai primeiro?
Estou pensando... (meu professor morreu assim)
Onde? No laboratório
Quando? Quando caiu em contradições.

O que posso mais ouvir de você?
Será que posso falar mais um pouco?
Fale, fale, fale.

Foto, cachorro, conta de água
Água não se nega, mas se paga imbecil!
Papel, vinagre, apólice
Papel?
Não rasgue!
Não tem problema, estamos sendo gravados.

(Vozes e Papel - André Borges/ Programação de Bongô - Elivan)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Minha Proposta



Funcionaface é música. Quando o som experimental encontra diversas possibilidades sonoras, ele se traduz em nuances inusitadas. O ouvir se multiplica em sensações desconhecidas, mas não alheias ao sentir humano.

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Ano de 2009. Papel, moeda, bebidas, copo, violão, guitarras, programações percurssivas, sussurros, vozes, respiração e palavras que questionam e refletem a existência humana se reúnem e se transformam no Funcionaface.


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Isto origina o meu primeiro trabalho!

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Assumido Flutuante